Investidor deve comprar um imóvel ou aplicar em fundo imobiliário?

Entender as vantagens e desvantagens de cada operação auxilia na escolha em comprar um imóvel ou aplicar em fundo imobiliário.

Investir em imóvel significa a possibilidade de ampliar o patrimônio com segurança, o que desperta o interesse de muitas pessoas. Mas há duas formas diferentes de fazer isso: uma delas é comprando uma unidade pronta e a outra é adquirindo cotas de fundos de investimento imobiliário (FIIs). Entender a diferença entre as duas operações é o primeiro passo para o investidor.

Culturalmente, os brasileiros têm o sonho da casa própria, considerada não só um patrimônio, como também, sinônimo de segurança. De acordo com pesquisa realizada em 2021 pela empresa Datastore, mais de 13 milhões de famílias pretendem adquirir o imóvel próprio até 2023.

Quando o assunto é investimento, o olhar é semelhante. Os imóveis são vistos como uma das aplicações mais seguras, pois garantem a renda pela locação e ficam como herança para as próximas gerações.

aplicar em fundo imobiliário

No entanto, é preciso observar que a aquisição de imóveis como investimento também traz desvantagens. Dentre elas, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) destaca o alto valor necessário para investir, a possibilidade de um período de vacância prolongado, o trabalho e os custos com manutenção e o desconto do Imposto de Renda (IR).

Outro aspecto que deve ser considerado é a baixa liquidez, pois resgatar o valor investido em um imóvel não é uma tarefa simples. As oscilações do mercado imobiliário podem facilitar ou dificultar a venda.

Como funcionam os FIIs

Os FIIs democratizaram a possibilidade de investir em imóveis. Isso porque reúnem um conjunto de recursos que é direcionado para um investimento em imóveis prontos ou títulos para o financiamento do setor. No primeiro caso, são chamados fundos de tijolo e, no segundo, os fundos de papel.

Na prática, o investidor adquire cotas que são negociadas na Bolsa de Valores (B3) e têm preços acessíveis. Ao comprá-las, é como se o investidor fosse o proprietário de “uma parte” de um imóvel, que pode ser um shopping, um edifício residencial, um galpão comercial, dentre outros.

O rendimento dos FIIs acontece de duas formas: os investidores recebem, periodicamente, as receitas geradas pelo imóvel ou vendem as cotas depois da sua valorização. Quando é feita a primeira opção de rendimento, não há cobrança de Imposto de Renda. Já na segunda alternativa há o desconto de 20%.

Os fundos têm gestão profissional, o que facilita a vida do investidor. No entanto, a Anbima alerta que a cobrança das taxas para a administração e as ordens de compra e venda das cotas são as principais desvantagens desse tipo de operação.

Com relação ao resgate do valor investido, os FIIs têm alta liquidez.

Projeção em 2022

A escolha sobre investir na compra de um imóvel ou em fundos imobiliários vai depender do valor disponível para o investimento e os interesses do investidor. É preciso avaliar qual alternativa oferece maior compatibilidade com os objetivos traçados.

Considerando o contexto econômico, o ano de 2022 deve apresentar alta taxa de juros, inflação ainda elevada e cenário de incertezas por conta das eleições presidenciais. A projeção do mercado financeiro, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) em dezembro, é que a Selic fique em 11,5% e o IPCA em 5,03% no próximo ano.

Dessa forma, a orientação dos especialistas financeiros é buscar aplicações que ofereçam mais segurança. Investir em imóveis é uma possibilidade mais garantida.

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